ANVISA orienta sobre inseticidas e repelentes contra a Aedes aegypti
- João Rafael Mazella

- 22 de jan.
- 2 min de leitura
Os produtos para repelir o mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya, se dividem em duas categorias principais: os repelentes para aplicação direta na pele e os produtos destinados ao ambiente. Porém, vale lembrar que não existem produtos de uso oral, como comprimidos ou vitaminas, que tenham aprovação para repelir mosquitos.
Repelentes de insetos para aplicação na pele

Os repelentes aplicados na pele são considerados produtos cosméticos e, por isso, precisam ser registrados na Anvisa. Todos os ingredientes ativos aprovados para uso em cosméticos podem ser utilizados por crianças, mas é essencial seguir as orientações descritas no rótulo, pois cada substância tem suas próprias regras e restrições.
Por exemplo, o DEET – um dos ingredientes mais comuns em repelentes – não é indicado para crianças menores de 2 anos. Para aquelas entre 2 e 12 anos, o DEET é permitido, desde que sua concentração não ultrapasse 10%. Além disso, o uso deve ser limitado a três aplicações diárias e não é recomendado o uso prolongado.
Outro ponto importante é que os repelentes devem ser aplicados apenas nas áreas expostas do corpo, conforme a resolução RDC 19/2013. Caso o rótulo especifique, o produto também pode ser aplicado nas roupas.
Produtos para uso no ambiente
Para proteger os ambientes, temos duas opções principais: inseticidas e repelentes.
Inseticidas: São formulados para eliminar mosquitos adultos. Geralmente encontrados em formatos como spray e aerossol, esses produtos contêm substâncias ativas que matam os insetos, além de outros componentes como solubilizantes e conservantes.
Repelentes para ambiente: Não matam os mosquitos, mas os afastam. Esses produtos incluem espirais, líquidos e pastilhas, que muitas vezes são utilizados em aparelhos elétricos.
Tanto os inseticidas quanto os repelentes ambientais devem ter seus ingredientes ativos e componentes adicionais aprovados pela Anvisa.
Atenção aos cuidados!
⚠️
Repelentes elétricos ou em formato de espiral não devem ser usados em ambientes com pouca ventilação ou na presença de pessoas asmáticas ou com alergias respiratórias. Esses produtos podem ser colocados em qualquer ambiente da casa, mas precisam estar a pelo menos dois metros de distância das pessoas.
Produtos como equipamentos que emitem vibrações, luzes ou CO2, além de plantas e sementes que supostamente atraem mosquitos, não são reconhecidos pela Anvisa como eficácias comprovadas. Por isso, eles não são regularizados.
É importante também destacar que os chamados “inseticidas naturais”, feitos com substâncias como citronela, andiroba ou óleo de cravo, não possuem comprovação de eficácia pela Anvisa. Assim, velas, odorizantes e incensos com promessas de repelência também não são aprovados.
Uma exceção é o óleo de neem, que contém azadiractina. Ele tem aprovação da Anvisa para uso em inseticidas, desde que esteja devidamente registrado.
Manter a saúde e a segurança em primeiro lugar é fundamental. Sempre leia atentamente as instruções dos produtos e, em caso de dúvidas, consulte um profissional especializado.
Lucas Raphael de Oliveira
22 de jan. de 2025
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